Colina Sagrada
A Colina Sagrada é considerada o local monumental de Guimarães, por excelência, e acolhe os três monumentos mais emblemáticos e de visita obrigatória.
A receber o visitante está a Estátua de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, inaugurada em 1887 e da autoria de Soares dos Reis. A estátua, em bronze, elevada num pedestal de granito, representa o Rei Conquistador em posição bélica, a segurar com ambas as mãos, a espada e o escudo. Esta é certamente das estátuas mais fotografadas do país e das imagens mais retratadas do rei fundador da nacionalidade portuguesa.
Por detrás da estátua, no alto, avistamos o Castelo de Guimarães, um dos monumentos mais representativos da identidade portuguesa, associado às façanhas heróicas do período da fundação da nacionalidade portuguesa e à Batalha de S. Mamede, que ocorreu em 1128.
O Castelo, em forma de escudo, remonta ao séc. X, quando a Condessa Mumadona Dias mandou construir a torre defensiva do Mosteiro de Guimarães.
A 24 de Junho de 1128, trava-se a batalha de S. Mamede, liderada por D. Afonso Henriques, pela independência deste território e contra as tropas de Castela, apoiadas pela sua mãe D. Teresa. Desta batalha saiu vencedor D. Afonso Henriques e este dia ficou conhecido como “a primeira tarde portuguesa”, festejada anualmente em Guimarães, como data simbólica da fundação da nação portuguesa.
Saindo da porta principal de acesso ao Castelo, encontramos a Igreja de São Miguel, monumento nacional, o qual, segundo a tradição, está associada ao batismo de D. Afonso Henriques. O seu interior alberga, à entrada, a pia sagrada usada na cerimónia do batismo e no piso central da igreja, podemos identificar alguns dos túmulos dos guerreiros que auxiliaram D. Afonso Henriques na Batalha de S. Mamede.
Seguindo pelos jardins, a paragem obrigatória é o imponente Palácio dos Duques de Bragança, majestosa casa senhorial do séc. XV, mandada construir pelo primeiro Duque de Bragança, D. Afonso, no século XV. O edifício de vastas dimensões, é um exemplar único no estilo em toda a Península Ibérica, de onde sobressaem as suas 39 chaminés.
Após o seu abandono, foi quartel militar até 1935 e, posteriormente, sofreu profundas obras de restauro, com o objetivo de recriar um modelo tipológico de residência nobre europeia dos séc. XV e XVI, abrindo ao público como como Casa-Museu.
O Palácio alberga atualmente um espólio diversificado de artes decorativas dos sécs. XVII e XVIII. Das várias coleções, destacam-se, entre outras, o conjunto de réplicas das tapeçarias de Pastrana, que narram episódios das conquistas dos portugueses no Norte de África.
Na área envolvente do Palácio dos Duques, está localizada a Capela de Santa Cruz, capela de traça maneirista e de linhas simples datada de 1639.
Próximo da Estátua de D. Afonso Henriques, avista-se o Convento de Santo António dos Capuchos, edifício do séc. XVII.
Em 1842, o edifício foi adquirido pela Santa Casa da Misericórdia que aí instala o Hospital de Guimarães, o qual funcionou nesse local até 1990.
Recentemente, após obras de reabilitação, foi criado o Percurso Museológico do Convento, o qual constitui uma oportunidade para conhecer a igreja do Convento e a sua magnífica sacristia, do séc. XVIII, bem como, os pátios e o claustro.
