Liberdade e Cinema Amador

A celebrar os 50 anos do Poder Local, propomos uma revisita às imagens de arquivo da Secção de Cinema da Associação Convívio. Concebido por Pedro Bastos, com banda sonora interpretada, ao vivo, pelos professores da Escola de Jazz do Convívio, num filme-performance, estas memórias ganham, agora, uma nova vida. Entre a vertigem do tempo registada em filme e o presente que habitamos, através da criação artística, celebramos o cinema amador e o poder local

Liévin Lefebvre

Liévin Lefebvre é natural de Lille, França. Desde muito jovem, manifestou seu interesse pela música e estudou órgão jazz em aulas particulares. Mais tarde, ingressou no CRR de Lille, onde obteve diploma em saxofone. Nessa mesma época, foi o laureado francês do concurso internacional de órgão “Yamaha Electone Festival”. Em setembro de 1989, tornou-se professor no Centro Musical Yamaha de Paris. Especializou-se no Sistema de Educação Musical Yamaha e formou-se no ensino da improvisação. Progressivamente, obteve os diplomas de excelência “Grade 3” concedidos pela “Yamaha Music Foundation” (Japão) em piano, órgão e teoria. Posteriormente, foi promovido a formador e responsável pedagógico da “Yamaha Music Europe”, cargo que ocupou até 2017.

Entre 2002 e 2007, dirigiu também a escola Yamaha de Nice. Participou em diversas formações como organista com figuras da cena musical de Nice, como o guitarrista Amaury Filliard e o saxofonista Sébastien Chaumont. Em 2017, mudou-se para Portugal e assumiu o cargo de diretor musical no Colégio da Quinta Inglesa. Nessa mesma época, gravou seu primeiro álbum “La vie continue” em trio com o guitarrista Nuno Trocado e o baterista Acácio Salero. Tornou-se então membro do quinteto Kyle Green, composto por Cesar Cardoso, Ricardo Formoso e Michael Lauren.

Em 2024, Liévin cria na França a empresa «Educreamuz», que divulga um método de ensino da improvisação dedicado aos estudantes do sistema clássico e abre em Guimarães a estrutura de ensino «Liévin Piano Lesson», onde oferece um ensino que corresponde à síntese dos sistemas de ensino que pôde experimentar, privilegiando especialmente a aprendizagem da improvisação.

Desde 2024 é diretor pedagógico e professor de piano, na Escola de Jazz do Convívio.

João Pedro Pinho Dias

João Pedro Pinho Dias, trompetista nascido em 1998 em Ovar, começou os seus estudos musicais aos 7 anos no Trombone e mais tarde trocou para o trompete na banda filarmónica da sua terra, Loureiro - Oliveira de Azeméis na classe do professor Hernâni Petiz e Anabela Matos. Com 14 anos concluiu o ensino básico de música no Conservatório de Música da Jobra, também na classe do professor Hernâni Petiz, e nessa mesma instituição frequentou o curso profissional de Instrumentista de Jazz, concluído em 2016.

Aqui foi selecionado para representar a escola na festa do jazz de S.Luiz onde arrecadou uma menção honrosa de melhor instrumentista e posteriormente realizou um concerto com o Contrabaixista Carlos Barretto. Após terminar o curso profissional seguiu estudos para a ESMAE onde lá se licenciou também no curso de instrumentista de jazz com a classe do professor Hugo Alves e Ricardo Formoso.

Aqui teve oportunidade de frequentar alguns workshops e semanas intensas de trabalho fora da ESMAE, tais como a participação o Guimarães Jazz. Atualmente reside no Porto é músico freelancer e professor. Durante os seus estudos e teve oportunidade de trabalhar com músicos de renome na área tais como, Jeff Lederer, Matt Ulery, Seamus Blake, Jeffery Davis, Peter Evans, Susana Santos Silva, entre outros.

Já trabalhou com vários projetos entre os quais Orquestra de Jazz de Estarreja, aqui teve a oportunidade de trabalhar com Salvador Sobral, Paula Morelenbaum, Janita e Vitorino Salomé entre outros, Orquestra de Jazz do Porto, North Camels Large ensemble, Concerto + gravação álbum Eixo do Jazz Ensemble + João Paulo Esteves Da Silva, Concerto + gravação álbum Eixo do Jazz Ensemble + Mário Laginha, Stray, Pedro Ricardo, SONO, PAIRA, 32.56, e Orquestra de Jazz de Matosinhos.

É líder do projeto “MATÉRIA” com o qual vai lançar álbum em 2023. Leciona na Escola Valentim de Carvalho desde 2019 e na Escola de Jazz do Convívio desde 2024.

Pedro Bastos

Pedro Bastos (1980) é um artista visual multidisciplinar, expondo regularmente em exposições colectivas e individuais, tendo sido selecionado para a JCE - Biennale Jeune Création Européenne (2015/17). Trabalha em cinema como realizador e argumentista, tendo escrito para vários realizadores como Rodrigo Areias, Edgar Pêra, Carlos Amaral, Jorge Quintela, David Doutel e Vasco Sá, Tânia Dinis, entre outros. Os seus filmes têm sido exibidos em festivais nacionais e internacionais como International Film Festival of Rotterdam, Mostra de São Paulo, International Short Film Festival Oberhausen, Curtas de Vila do Conde, Indie Lisboa, etc.

O seu filme Flyby Kathy, produzido pela Bando à Parte, recebeu o prémio do júri para Melhor Filme no Festival Cinema Zero 2023, Itália. Publicou o seu primeiro livro de poesia Piche em 2022, editado pelo CAAA - Centro Para Os Assuntos da Arte e Arquitectura, e o segundo livro Souvenirs Satânicos em 2023, pela Cutelo Edições. Com Max Fernandes e Ludgero Almeida lançaram a publicação Cangosteira, a partir de caminhadas artísticas pelo Vale do Ave, inseridas no projecto colectivo Pitar Na Cangosteira.

Mais recentemente, foi co-argumentista da série para televisão da RTP Daqui Houve Resistência, a partir do livro homónimo de César Machado. Colabora regularmente em criações com a comunidade, destacando a sua participação com a Associação Cultural Discos de Platão, juntamente com Rui Souza, Tânia Dinis e João Pedro Vale da Silva, no programa Atos, criado em 2023 pelo Teatro D. Maria II e Fundação Calouste Gulbenkian.

Crescido na Lixa, João Paulo iniciou os seus estudos de saxofone clássico em 2003, no conservatório do Porto, tendo passado por vários conservatórios, onde concluiu em Lousada o ensino articulado 8º grau. Em 2014, decide aprender jazz em curso livre no conservatório de música do Porto, com o João Pedro Brandão. Em 2015, é aceite na Escola Superior de Música Artes e Espetáculo (ESMAE), para o curso de licenciatura em jazz - saxofone. Tem integrado inúmeros projetos, tais como: North Camels Large Ensemble, Quinteto de Ninguém, João Paulo Silva quarteto, entre outros. Já teve oportunidade de trabalhar com músicos de renome nacional e internacional Mário Laginha, Aaron Goldberg, Seamus Blake, Chris Cheek, Gerald Clayton, Abe Rábade,Perico Sambeat, José Pedro Coelho entre outros. Das múltiplas salas de espetáculo e festivais que já actuou destacam-se: Casa da Música, Teatro de São Luíz, Sala Porta-Jazz, Centro Cultural Vila flor, Guimarães Jazz, Festival Rampa Jazz, Festival Verão é Jazz, Canjazz.