Largo de Donães e Rua Egas Moniz (Rua Nova)

Seguindo para o lado direito da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, encontramos, à direita, um espaço aberto que emboca numa pequena praça - o Largo de Donães, uma das mais recentes reabilitações do Centro Histórico de Guimarães.

Com a demolição de um edifício recente ali existente, que destoava com o restante casario e envolvente, por ser relativamente recente, o Centro Histórico viu nascer um novo espaço de lazer, devolvendo a esta praça a centralidade que a mesma possuía no séc. XIV, na altura o ponto de encontro de figuras eclesiásticas e outras classes de prestígio do burgo.

O renovado Largo de Donães é um espaço aberto e acolhedor, com locais de descanso, cafés, restaurantes e esplanadas e com uma escultura em ferro na zona central, em homenagem ao trabalho das artes e ofícios de Guimarães.

O Largo é um dos palcos ao ar livre de diversas atividades culturais e um local aprazível de lazer para os habitantes e visitantes.

Seguindo à esquerda, a partir deste Largo, encontramos a Rua Egas Moniz. Já foi chamada de rua Nova do Muro ou, simplesmente, Rua Nova, e é por esse nome que os locais a conhecem.

É um dos arruamentos do Centro Histórico que melhor conserva a sua autenticidade. De um dos lados, as casas seguem nas costas da antiga muralha, algumas delas de traça medieval.

A meio da rua encontramos um símbolo da religiosidade popular. Trata-se do Oratório do Senhor dos Desamparados, dedicado a Cristo Crucificado, mandado erguer pelos moradores no ano de 1712, e ainda hoje cuidado com muito orgulho pelos mesmos.

Mais adiante, encontramos do lado esquerdo a Casa da Rua Nova. É uma habitação de três pisos dos séc. XVII/XVIII, reabilitada com projeto da autoria do arquiteto Fernando Távora nos anos 80, e que respeita na íntegra, as técnicas tradicionais de construção do Centro Histórico de Guimarães. Foi galardoada com o Prémio “Europa Nostra” em 1985, conforme comprova a placa colocada junto à porta de entrada, tornando-se num modelo e num marco simbólico para toda a política de intervenção no centro histórico que se seguiu por mais de uma década.

Aqui funcionou, desde então, o Gabinete Técnico Local, responsável ao nível técnico, pela reabilitação do Centro Histórico, culminando na candidatura a sítio Património Mundial da UNESCO, galardão alcançado em dezembro de 2001.