Guimarães tem no seu espólio um elevado valor patrimonial, com camélias únicas na Europa pela sua espécie, raridade e dimensão, pelo que, se aconselha uma visita, gratuita, aos seguintes locais:
Palácio Vila Flor
Av. D. Afonso Henriques
(visitas livres)
Largo Martins Sarmento (Largo do Carmo)
Largo Martins Sarmento
(visitas livres)
Viveiros Flavius
Rua das Charnecas - São Torcato
(visitas mediante marcação)
Quinta de Margaride
Avenida Rio de Janeiro - Costa
(visitas mediante marcação)
Cerca do Mosteiro de Santa Marinha
Largo Domingos Leite de Castro
Costa
(visitas livres, mediante autorização na receção)
Camélias: Origens e História
As camélias são originárias do extremo oriente, sendo a maioria das espécies da China. A designação do género Camellia foi o resultado de uma homenagem de Lineu ao grande botânico Josef Kamel, que na nomenclatura botânica permitiu que na combinação binária formada pelo nome do género fosse incluído o seu nome seguido de um epiteto especifico, a origem (Camellia japónica L.). Na Europa, as camélias são praticamente conhecidas, exploradas e utilizadas como plantas de vocação ornamental (flores e folhagem). No entanto, a Camellia sinensis é conhecida como planta do chá ou chazeiro, cuja produção é dirigida exclusivamente para as folhas, que uma vez preparadas são utilizadas em infusão e a sua exploração na Europa dá-se apenas na ilha de S. Miguel nos Açores. A data exata de chegada das primeiras plantas vivas de camélias ornamentais à Europa não é conhecida, embora existam algumas evidências devidamente referenciadas. Desde o início do séc. XVI, que há notícia de contacto de portugueses com o sudeste asiático, designadamente por Afonso de Albuquerque e em 1543 os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Japão, mantendo-se como mercadores e missionários por vários anos (1638). No entanto, é só no século XIX que se assiste à grande divulgação das camélias na Europa.